Graciela Maglie no SICA
O SICA (Sindicato da Indústria Cinematográfica Argentina) possui a tradição de trazer a sua sede a cada semestre, nomes renomados da sua cinematografia. Nomes como Marcelo Piñeiro e tantos outros, nas mais diversas áreas cinematográficas, já ministraram clases maestras, sendo que nesta última quarta feira, 27 de setembro, foi a vez da roteirista de televisão e cinema Graciela Maglie falar sobre a sua atuação na área.
Maglie é uma referência em termos da profissão de roteirista (guionista) na Argentina, tendo escrito os roteiros de El ultimo bandoneon (visto no ultimo Festival de Verão de Cinema em Porto Alegre, no início deste ano) e La fuga e El viento, ambos como guionista, sendo estes dois ultimos dirigidos por Eduardo Mignona, inéditos no Brasil.
Sua proposta nesta clase foi analisar El personaje en el paradigma clasico, onde Maglie resgatou princípios da Poética, de Aristóteles, onde a idéia inicial parte de uma trama (história), onde o encadeamento de ações necessárias se extraem os personagens. Maglie também apontou que sentimentos como compaixão e temor diante dos personagens trazem vínculo com o espectador, fator este que gera a catarsis, defendida por Aristóteles, que contrariava as idéias de Platão. “El personaje se construye a través de sus dilemas”, complementou a roteirista para uma considerável plateia nas instalações do SICA.
Sobre questões relativas ao roteiro, Maglie afirmou que “el guión tiene que permitir ver la película lo mas articulado posible”, assim como também “no hay modo de ser objectivo al ser realizador cinematográfico, pues trae la mirada de algo que se cuenta por alguén”. Sobre a questão do roteiro enquanto linguagem de transição (expressão exposta por Santiago Carlos Oves) que aponta a outra linguagem, a audiovisual, Maglie também expôs o aspecto de que “antes del guión no hay nada, pero cuando empeza a ser filmado, la figura del guionista va se disipando”.
por Rafael Valles
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