Argentinos premiados na 60ª edição do Festival de Cannes

Lucía Puenzo, filha do diretor Luís Puenzo (vencedor do Oscar de melhor Filme Estrangeiro, em 1985, pelo filme La historia oficial), recebeu nesta última sexta feira o Gran Premio de la Semana de la Critica, pelo seu filme de estréia, intitulado XXY. O filme trata a história de uma adolescente intersexual (que possui ambos os sexos), interpretada pela atriz Inés Efron, que se relaciona com o filho de um casal amigo de seus pais. O filme conta ainda com Ricardo Darín (“O filho da noiva, Clube da lua) e Valeria Bertuccelli.

Os argentinos também marcaram presença nos curta metragens. Gonzalo Tobal ganhou o prêmio principal da mostra Cinéfondation, com o curta Ahora todos parecen contentos. Criada em 1998, a seção Cinéfondation busca promover o descobrimento de uma nova geração de cineastas e apresenta uma seleção oficial de filmes de escolas de cinema. Este ano foram escolhidos 16 trabalhos, vindos da Ásia, Europa e Américas, entre 1.200 aspirantes.

COMEÇOU HOJE A NONA EDIÇÃO DO DerHumALC

Entre os dias 09 até 16 de maio, ocorrerá em Buenos Aires, o Festival Internacional DerHumALC. O festival apresentará ao todo, 100 filmes, entre curtas e longas metragens, ficção e documentários, que buscam abordar e refletir questões relativas aos direitos humanos.

O festival, que nas outras edições já possuía sessões relacionadas a mulher, juventude, trabalho, povos originários e identidade, neste ano cria a sessão relativa ao Meio Ambiente. “Desde la primera edición que era exclusivamente el cine relacionado con la dictadura, con la denuncia de las violaciones de los derechos y la lucha contra la impunidad, a otros sectores, hemos avanzado al terreno social”, afirma Julio Santucho, fundador do DerHumALC, ao jornal Página 12. Por outro lado, a sessão “Memoria y Dictadura”, já tradicional no evento este ano buscará trazer um enfoque a realização de filhos de desaparecidos, assim como realizar uma mesa redonda com eles.

Entre os destaques da programação está a projeção de Argentina Latente, de Fernando “Pino” Solanas, documentário que intrega a tetralogia que o diretor está realizando, no qual já foram feitos Memoria del saqueo (já esteve em cartaz no Brasil), La dignidad de los nadies (ainda inédito no Brasil) e Los hombres que están solos y esperan (em rodagem). Os argentinos estão representados tambem por filmes como Tinta Roja, de Luis Bolaño, realizador argentino residente en Barcelona; Tocando en el silencio, de Luciano Zitto, no qual relata a historia de Alejandro, um adolescente de 16 anos que pertence a primera geração de jovens nascidos com HIV.

O Brasil está representado pelo documentário Hércules 56, documentário de Silvio Da-Rin, que estará en Buenos Aires como convidado. Hércules 56 traz uma reconstrução do ocorrido em 17 de setembro de 1969 quando se produziu a “troca” do embaixador norte-americano que havía sido sequestrado, pela liberdade de quinze presos políticos que terminaram subindo a um Hércules que os transportou ao México.

Para maiores informações, ingressar no site www.derhu malc.org.ar