La Argentinidad no CINEMA

Saturday, September 30, 2006

Está sendo realizado o 1º Festival de Cinema de La Plata

La Plata é uma cidade situada a 60 km de Buenos Aires e que tem como algumas de suas características a de ter sido planejada na sua criação, além de possuir muitas semelhanças com cidades do interior no Brasil, sem muitas relações com o ritmo e a vida caótica em Buenos Aires (por favor, nao confundir com Mar del Plata) . La Plata também é conhecida no meio cinematográfico pela existência da Carrera de Cine de La Plata, pertencente a Universidad Nacional de La Plata, curso este fundado em 1956, fechado na época da ditadura militar, em 1978, e felizmente reaberto em 2003.

A partir deste ano o meio cinematográfico também esta passando a conhecer La Plata através do seu 1º Festival de Artes Audiovisuales de La Plata (FESAALP), evento este que possui uma importância significativa, pois é o primeiro festival de cinema realizado na cidade. O evento, que está sendo realizado entre os dias 28 a 30 de setembro, no Centro Cultural Islas Malvinas, é uma realização da Opera Prima Producciones.

O evento, pelos seus números, já possui suas vitórias pessoais pois foram ao redor de 200 trabalhos inscritos para uma seleção de 34 filmes que participam da Competência Oficial de Cortos. No primeiro dia do FESAALP, as exibições dos filmes contaram com 200 pessoas sentadas, além de outras que tiveram que sentar no chão para poder acompanhar o festival.

Paralelamente, o festival ainda está realizando uma mostra com curtas fora de competência, assim como a Muestra Derechos Humanos e Muestra de Largos Platenses (longas feitos em La Plata). O FESAALP ainda realizou intercâmbio com o Festival de Video Nacional de la Patagonia (General Roca, Río Negro) e o Cineclub El Corto (Córdoba), ao exibir seus melhores trabalhos, assim como a Muestra de Cine Internacional, ao serem exibidos os melhores trabalhos do Festival Nacional de Cortos Cuzco (FENACO), no Peru; Festival Internacional de Cine Las Garzas (New York, EUA); Centro Internacional Autônomo de Ciena (CNAC), na Venezuela.

Ainda como eventos integrantes do festival, foram realizadas uma clínica de guión (roteiro), por Marcelo Galvez, assim como as Charlas (conversas) onde se expuseram temas como o “cinema platense e sua escola de cinema”, por Ana Pascal; “Legislação e distribuição do cinema cinema na Argentina” exposto pela produtora Opera Prima, Distribuidora 791 Cine e Analía Elíades, especialista en direito e comunicação; “Cinema e televisão, novas linguagens e estéticas audiovisuais”, por Diego Batlle, Alberto Lecchi e Vanina Spadoni.

A seguir, a entrevista que o blog La argentinidad no cinema fez com Sebastián Hourcouripé, diretor geral do FESAALP:

LA ARGENTINIDAD - Cuales son los objectivos, las ambiciones en la realización de este primer festival de cine en La Plata?
La idea del festival se embasa en dos parametros que son, por un lado el espacio formativo, en lo cual esta marcado una clinica de guión y hay charlas nos tres dias y despues las proyecciones. Con respecto a las proyecciones, la idea del festival es mostrar a la comunidad, el pueblo cosas que normalmente no se ve en salas comerciales, películas de realizadores chicos que tienen, quizas, poco presupuesto, no tienen como distribuir, brindar un espacio justamente para que esas producciones se puedan ver y hasta, quizas, se puedan ser distribuidas en otros lugares.

LA ARGENTINIDAD – Que te parece el hecho de este ser el primer festival de la ciudad y por que solamente ahora surge este primer festival, tenendo en vista que La Plata es una ciudad con una carrera de cine?
La idea de crear el festival surgió, a través de la idea entre nosotros, que somos quatro chicos responsables por la Opera Prima Producciones, en el inicio deste año, en base que existen un monton de circuitos alternativos, ciclos de cine, que tenian mucha convocatoria así como La Plata tiene su carrera. Creiamos en una necesidad importantisima que La Plata tenga su festival. Por que se empezo tan tarde, no se, honestamente nosotros empezamos a llevar a cabo la idea. Cuando empezamos con la idea, charlamos con las personas de la facultad y nos dijeron que muchas personas tuvieron la idea pero ningún la llevo a cabo. Y las personas de la facultad se pusieron muy contentos que un equipo de trabajo independiente pueda llevar a cabo un evento deste tipo.

LA ARGENTINIDAD - En terminos de continuidad, como estan pensando este festival para el futuro?
Hoy estamos esperando que este salga bien, hasta ahora venimos por este camino, pero si, también estamos pensando lo que es la segunda edicción. Este año el festival tuvo la convocatoria a nivel provincial, solamente para la província (estado) de Buenos Aires, mas la Capital Federal, nada mas, pero el año que vien tenemos la idea de abrir la convocatoria a nivel nacional y quizás internacional.

#maiores informacoes sobre o festival pelo site http://www.fesaalp.com.ar/

Thursday, September 28, 2006

Sexto Festival de cinema alemão no Village Recoleta

Está começando neste dia 28 de setembro, o 6º Festival de Cinema Alemão no shopping Village Recoleta, sendo organizado pela German Films Service + Marketing GmbH, em colaboração com a Embaixada da República Federal Alemã, além do Instituto Goethe- Buenos Aires e Village Cines.

O festival conta com 11 longa metragens e mais 14 curta metragens de jovens cineastas alemães, realizados entre 2005-2006, com excesão de Histórias tenebrosas de 1919. Entre os destaques está La vida de los otros (Das leben der Anderen), de Florian Henckel von Donnersmarck, ganhador de sete dos principais prêmios da academia alemã e que levou quase dois milhões de espectadores aos cinema na Alemanha e Histórias Tenebrosas (Unheimliche Geschichten) de Richard Oswald, classico do cinema mudo e considerado o primeiro longa metragem de terror moderno. Vale destacar que Histórias Tenebrosas, vai ser exibido no dia quatro de outubro com acompanhamento musical ao vivo.

Demais longas:
- El libre albedrío (Der freie wille) de Matthias Glasner
- El tesoro de los hacones blancos (Der schatz der weissen falken) de Christian Zubert
- Emma, la afortunada (Emmas Gluck) de Sven Taddicken
- Hay que ser duro! (Knallhart) de Detlev Buck
- La cacatúa roja (Der rote kakadu) de Dominik Graf
- La posesión (Requiem) de Hans Christian Schmid
- La sonrisa del monstruo marino (Das lancheln der Tiefseefische) de Till Endemann
- Lost Children de Ali Samadi Ahadi e Oliver Stoltz
- Verano en Berlín (Sommer vorm balkon) de Andreas Dresen


Graciela Maglie no SICA

O SICA (Sindicato da Indústria Cinematográfica Argentina) possui a tradição de trazer a sua sede a cada semestre, nomes renomados da sua cinematografia. Nomes como Marcelo Piñeiro e tantos outros, nas mais diversas áreas cinematográficas, já ministraram clases maestras, sendo que nesta última quarta feira, 27 de setembro, foi a vez da roteirista de televisão e cinema Graciela Maglie falar sobre a sua atuação na área.

Maglie é uma referência em termos da profissão de roteirista (guionista) na Argentina, tendo escrito os roteiros de El ultimo bandoneon (visto no ultimo Festival de Verão de Cinema em Porto Alegre, no início deste ano) e La fuga e El viento, ambos como guionista, sendo estes dois ultimos dirigidos por Eduardo Mignona, inéditos no Brasil.

Sua proposta nesta clase foi analisar El personaje en el paradigma clasico, onde Maglie resgatou princípios da Poética, de Aristóteles, onde a idéia inicial parte de uma trama (história), onde o encadeamento de ações necessárias se extraem os personagens. Maglie também apontou que sentimentos como compaixão e temor diante dos personagens trazem vínculo com o espectador, fator este que gera a catarsis, defendida por Aristóteles, que contrariava as idéias de Platão. “El personaje se construye a través de sus dilemas”, complementou a roteirista para uma considerável plateia nas instalações do SICA.

Sobre questões relativas ao roteiro, Maglie afirmou que “el guión tiene que permitir ver la película lo mas articulado posible”, assim como também “no hay modo de ser objectivo al ser realizador cinematográfico, pues trae la mirada de algo que se cuenta por alguén”. Sobre a questão do roteiro enquanto linguagem de transição (expressão exposta por Santiago Carlos Oves) que aponta a outra linguagem, a audiovisual, Maglie também expôs o aspecto de que “antes del guión no hay nada, pero cuando empeza a ser filmado, la figura del guionista va se disipando”.

por Rafael Valles