Ricardo Darín assumira a direçao do projeto de Eduardo Mignona

O consagrado ator Ricardo Darín (que participou de filmes como O filho da noiva, Clube da lua, de Juan José Campanella, Nueve reinas, El aura, de Bielinsky, entre outros tantos filmes da cinematografia argentina dos últimos 30 anos) estreará como diretor no filme La Señal, baseado no romance do escritor, roteirista e diretor Eduardo Mignona, falecido no dia 6 de outubro deste ano. La señal estava em fase avançada de pré produçao feita por Mignona e seria filmado em dezembro deste ano, até o momento do seu falecimento. O filme, agora sob o comando de Darín, será rodado em março do ano que vem.

Além de dirigir, Darín também será o protagonista (funçao que também ocupava no projeto original), atuando ao lado de Diego Peretti (de Tiempo de valientes, passado recentemente no Brasil). Definido como um policial negro, a história se centra em dois detetives, Santana e Corvalán, que investigam um caso criminal nos últimos dois meses de vida de Eva Perón.

Algumas fotos da cerimonia de premiaçao do
Setimo Festival Internacional de Escuelas de Cine

Comissao julgadora e os premiados

Publico que acompanhou a cerimonia

Comissao julgadora

Comissao julgadora

*Agradecimento a Maria Marta Antín pela conseçao das fotografias

Premiados do Sétimo Festival Internacional de las Escuelas de Cine

Ocorreu neste último sábado (25/11), na Universidad del Cine (FUC), a premiaçao do Sétimo Festival Internacional de las Escuelas de Cine. Na categoria Primer Premio, foram contemplados os curtas Seguir órdenes, de Sebastián Lingiardi, pela Universidad del Cine (Argentina); Hayelet Boleda, de Talya Lavie pela Sam Spiegel Film & Television School (Israel); Dime lo que sientes, de Iria Gómez Concheiro pelo Centro de Capacitación Cinematografica (CCC- México).

Como Menciones, foram contemplados Du soleil en hiver, de Samuel Collardey, pela FEMIS (França) e Hlinely Holub, de Milos Tomic, pela FAMU (Rep. Checa). O curta Seguir órdenes, de Sebastián Lingiardi, pela Universidad del Cine (Argentina), também foi contemplado com os prêmios Malba al mejor cortometraje latinoamericano, outorgado pelo Museu MALBA e o Premio Cinecolor/ Kodak al mejor cortometraje latinoamericano.

Começou hoje o Sétimo Festival Internacional de Escuelas de Cine

Está ocorrendo desde hoje (20/11) até o dia 25 de novembro, o Festival Internacional de Escuelas de Cine, evento este que já é tradiçao no meio cinematográfico argentino. Organizado pela Universidad del Cine (FUC), o festival contempla nao somente a produçao dos seus próprios alunos, como também produçoes de estudantes nas escolas de cinema da Argentina e também a nível internacional, de paises como Alemanha, Chile, Estados Unidos, Espanha e outros. O Brasil está representado somente por A estoria da figueira, de Julia Zakia, estudante da Escola de Comunicaçoes e Artes da Universidade de Sao Paulo, que será apresentado na seçao Panorama Internacional. Nenhum curta brasileiro participará da mostra competitiva.

Para este ano, participarao 49 curtas na mostra Panorama Internacional e 31 curtas na Competência Oficial. O corpo de jurados está composto por Dudley Andrew, teórico norte americano de cinema e professor na Universidade de Yale; Eduardo Antín (Quintin), critico cinematográfico, criador da revista de cinema El Amante; Rodrigo Moreno, cineasta que estudou na Universidad del Cine e que realizou no ano passado o filme El custodio (chegando agora ao Brasil com o título de O guardiao); María Dora Mourao, professora associada do departamento de cinema da Universidade de Sao Paulo; Marc Nícolas, presidente do corpo de jurados e que, entre outras atividades, é diretor da FEMIS, a escola de cinema mais prestigiosa da França.

Como seçoes paralelas se destaca Rohmer, los años sesenta, el cine pedagogico, uma série de curta metragens do cineasta frances Eric Rohmer, um dos maiores representantes da Nouvelle Vague, realizados para a televisao, na década de 60. Tradiçao no festival, a organizaçao busca homenagear a cada ediçao uma escola de cinema e neste ano está ocorrendo com a FEMIS, que contou como aluno com ninguém menos que François Ozon (diretor de Oito Mulheres, Swimming Pool), que em 1994 realizou o curta Une rose entre nous. Essa ediçao também traz retrospectivas do cineasta e fotógrafo holandês Johan Van der Keuken e do diretor de cinema de animaçao Tex Avery.

Como masterclass, Dudley Andrew falará sobre a influência da famosa revista francesa Cahiers du cinema, que já abrigou nomes como François Truffaut, Jean Luc Godard, André Bazin entre outros nas suas páginas, e sobre a sua influência na produçao cinematográfica na seugnda metade do século XX.

Para maiores informaçoes, acessar o site http://www.ucine.edu.ar/festival/intro2.htm

Clássicos do cinema com trilha sonora ao vivo

A segunda metade do mês de novembro está reservando atrações imperdíveis não somente para quem admira filmes clássicos da história do cinema, ou trilha sonoras, como para quem não teve a oportunidade de conhecer as projeções de filmes na época em que o cinema era mudo (ou seja, para muuuitos de nós).

A Secretaria de Cultura da nação Argentina está organizando o Ciclo de cine mudo con acompañamento de pianistas, onde ocorrerá a exibição do filme Metropolis, de Fritz Lang, com acompanhamento ao vivo do pianista Ezequiel Mantega, no dia 20. Na semana seguinte, no dia 27, ocorrerá a exibição do filme El acorazado Potemkin, de Sergei Eisenstein, tendo o pianista Pablo Rotemberg no acompanhamento. Ambas as apresentações serão realizadas na Biblioteca Nacional.

Já para o dia 29, ocorrerá a apresentação do grupo de músicos franceses Ensamble Sillages, como parte do ciclo de concertos Música Contemporânea, organizado pelo Complejo Teatral de Buenos Aires, através do Gobierno Autonomo de la ciudad de Buenos Aires. Neste concerto, serão projetados os filmes Tierra sin pan e Un perro andaluz, ambos do cineasta Luis Buñuel, sendo que este último foi realizado em conjunto com Salvador Dali. A direção do concerto ficará a cargo do argentino Martin Matalón, que também já havia feito um trabalho semelhante em 1997, no Teatro Colón, com a exibição do filme Metrópolis. Vale destacar que Matalón foi um dos precursores neste tipo de concerto que agora conta com muitos expoentes pelo mundo.

Divulgados os 15 finalistas para o 64 Film Festival 3.0

A Terceira Ediçao do Concurso de Curta metragens 64" FILM FESTIVAL 3.0, realizado pela revista de cinema Haciendo Cine, auspiciada por Advanced Micro Devices, Inc.(“AMD”), divulgou neste dia 15 de novembro os 15 finalistas que irao concorrer ao prêmio máximo no dia 30 de novembro.

Tendo como critério a duraçao de nao mais que 64 segundos, como limíte, incluindo os créditos, o festival busca promover novos realizadores argentinos. O prêmio para o vencedor será uma Premiouna computadora com última tecnologia AMD (incluindo o processador AMD Athlon™ 64 X2) + Tape To Film Cinecolor + Xpress Pro de Avid; para o segundo colocado, o PremioTape to Tape de Cinecolor + Xpress Pro de Avid; já para o terceiro colocado, o PremioXpress Pro de Avid. O Festival ainda concederá o Premio EspecialFlip Films onde escolherá a um dos finalistas e o levará aLos Angeles (USA) para participar de uma produçao.

O Festival conta como jurados o músico Fito Paez, a diretora Valentina Bassi, o produtor Oscar Kramer, o diretor Ezequiel Acuña, a diretora e roteirista Julia Solomonoff e o produtor Adrián Castagna.

Os 15 curtas finalistas poderao ser vistos no próprio site do Festival, ao acessar o endereço http://www.64filmfestival.com.ar/index.htm

COMENTÁRIO

O cinema brasileiro na Argentina

Se o cinema argentino vem ganhando uma crescente projeçao no Brasil, seja com seus nomes de maior destaque como Aristarain, Marcelo Piñeyro, Juan José Campanella, seja com nomes que estao despontando como Leonardo Di Cesare (Buena Vida Delivery), Pablo Meza (Buenos Aires 100km) e outros, o cinema brasileiro na Argentina vai a duras penas. Desde agosto deste ano até o dia de hoje, nenhum filme brasileiro estreou no circuito comercial argentino. É fato que enquanto os brasileiros conhecem o que está sendo feito no cinema argentino (embora muitas produçoes, seja por seu caráter mais experimentalista ou pela falta de um distribuidor, nao conseguem chegar ao circuito brasileiro), os argentinos pouco conhecem do cinema brasileiro.

Sao muitas as pessoas aqui em Buenos Aires que ligam o cinema brasileiro a Ciudad de dios (Cidade de Deus), de Fernando Meirelles e Estación Central (Central do Brasil), de Walter Salles, por nao terem como possuir maior conhecimento da diversidade que está emergindo no cinema brasileiro dos últimos anos. Levando-se em conta que sao países vizinhos e que fazem parte de um mesmo bloco comercial, essa é uma questao a ser melhor discutida entre os setores culturais e audiovisuais de ambas as naçoes.

As possibilidades para se conhecer o cinema brasileiro em Buenos Aires surgem a partir de mostras de cinema, onde as exibiçoes ficam restritas a nao mais que duas projeçoes do filme, ou da programaçao que a Embaixada do Brasil realiza, intitulada Cine en la embajada, com exibiçao de filmes nacionais. Neste mês de novembro, a embaixada irá projetar os filmes Jogo subterrâneo, de Roberto Gervitz; Ciudad de Dios, de Fernando Meirelles; Lamarca, de Sérgio Rezende e Vai trabalhar vagabundo, de Hugo Carvana. Recentemente foi lançada no mercado argentino, uma caixa de DVDs contendo os filmes Madame Sata, de Karim Ainouz; Separaçoes, de Domingos de Oliveira e Dois Perdidos numa Noite Suja, de José Joffily.

Todas essas açoes citadas acima sao louváveis, mas ainda se resumem a um público muito específico, que busca conhecer o cinema na sua diversidade. Qual é a raiz para a questao da falta de acesso do cinema brasileiro na Argentina? Seria algo relativo a falta de distribuidoras interessadas em investir no mercado argentino, ou o mercado argentino nao apostando no cinema brasileiro? Várias questoes poderiam vir a tona a partir deste tema, até porque os argentinos possuem um acesso considerável nos campos da música, literatura e artes plásticas feitos no Brasil. O fato é que enquanto nós conhecemos essa nova geraçao do cinema argentino, eles estao perdendo a possibilidade de testemunhar uma nova safra de filmes feitos fora do eixo Rio-Sao Paulo, responsáveis pela renovaçao do cinema nacional.

E isso é uma questao importante de integraçao cultural a ser levada em conta.

Estréia do site CINEVIVO

Ingressou recentemente na rede o site CINEVIVO, com o objetivo de ser un espacio que nace con el objetivo de fomentar la libre difusión y desarrollo del cine independiente, pensado para que tus trabajos recorran el mundo sin límites. Ao ingressar no site, será possível visualizar curtas metragens na própria página, sem a necessidade de baixá-los. O site também pretende proporcionar notas, promover eventos culturais, base de dados de todos os realizadores, classificados e demais temas relacionados a atividade cinematográfica independente.

A inscricao dos curta metragens está aberta por tempo indeterminado, devendo ser entregue
em conjunto com a cópia de cada trabalho, a ficha de inscricao e autorizacao impressa e assinada pelo legítimo proprietário dos direitos da obra. A duracao dos curta metragens nao deve exceder a 30 minutos. O curta deve estar falado ou com legendas em Espanhol.

Para assistir aos curtas e encontrar maiores informacoes para enviar o seu projeto, é só acessar http://www.cinevivo.com.ar/

Fusão entre Patagonik e Pol-ka agita o mercado cinematográfico argentino

Após um processo que durou vários meses, foi anunciada neste mês de outubro a fusão entre os setores da área cinematográfica de duas das maiores produtoras de cinema e televisão da Argentina e da América Latina, a Patagonik e a Pol-ka. Tanto Patagonik (que produziu filmes como Cenizas del paraiso e Kamchatka, de Marcelo Piñeyro; Nueve reinas, de Fabián Bielinski; Valentin, de Alejandro Agresti, entre outros), como Pol-ka (que produziu Luna de Avellaneda (Clube da lua), de Juan José Campanella; El bonoaerense (O outro lado da lei), de Pablo Trapero, entre outros), agora serão gerenciadas por Juan Pablo Galli (gerência geral), Alejandro Cacetta (gerência de administração e negócios) e Juan Vera (gerência artistica e de conteúdo).

Ao ser entrevistado pela revista Haciendo Cine, Juan Vera, que também assumiu o CEO da Patagonik, explicou que los eventuales proyectos que surjan de Pol-ka seran trabajados de manera conjunta y canalizados a través de Patagonik. Entre os projetos que estavam encaminhados ainda em uma forma mista, entre a antiga e a nova gestão, se incluía La señal, de Eduardo Mignona, que faleceu no início do mês de outubro. Creo que la primera película enteramente nueva de la fusion será Lluvia, de Paula Hernández (a mesma diretora de Herencia, filme já exibido no Brasil), afirma Vera. Lluvia já esta em fase de rodagem.

Começa o IV Festival Internacional de Cine Judío

Ocorreu nesta quarta feira, no Shopping Abasto, em Buenos Aires, a cerimônia de abertura do IV Festival Internacional de Cine Judío . Ao todo serao exibidos 45 filmes entre longas, médias e curta metragens provenientes de 18 paises, no qual muitos ainda nao estrearam no circuito comercial na Argentina. O festival, que ocorrerá entre os dias 2 a 8 de novembro oferecerá filmes de temática judía provenientes da Alemanha, Argentina, Austria, Bélgica, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Franca, Gran Bretanha, Holanda, Hungría, Israel, Luxemburgo, Polonia e Suiça.

O festival ainda contará com a segunda Competencia Internacional de Cortometrajes de Temática Judía, na qual foram selecionados oito curtametragens com origem de Israel, Estados Unidos, Canadá, México, Uruguay e Argentina. O grupo de jurados que definirá os premiados é composto por Henny Trayles (atriz), Mariana Mactas (jornalista), Ricardo Feierstein (jornalista e crítico literário), Marcelo Trotta (docente e cineasta) e Mariano Veliz (docente).

Entre os convidados estrangeiros do festival figuram o diretor do filme La cadenita de Pesya, Jorge Gurvich (argentino residente em Israel há 28 anos), e o alemao Christian Ender, autor de Capítulos en la vida de Werner Bab. Entre outros filmes que virao ao evento, se destacam A la izquierda del fin del mundo, de Avi Nesher; Addes, de Avital Livne-Levy; El año que viene en Argentina, documentário de argentinos radicados em Israel, realizado por Jorge Gurvich e Shlomo Slutzky; El barco está lleno, de Markus Imhoof; La casa del manzano, de Andrew Hood e La casa 103, de Ohad Domb. O Brasil será representado no festival com o filme Olga, de Jayme Monjardim.

O festival é organizado pela Asociación de Mutuales Israelitas Argentinas (Amia), com o apoio do Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales (Incaa), a Presidencia de la Nación, a Fundación Hebraica, assim como as embaixadas da França, Israel, Alemanha, Bélgica, Suiça e Polônia. Como atividades paralelas, se realizará todas as tardes na plaza seca do shopping Abasto, apresentaçoes artísticas, com coros e grupos de dança, entre outros espectáculos.