Sexta edição do docBsAs 06
Começou nesta última quarta feira e vai até o dia 29 de outubro a sexta edição do docBsAs, mostra de documentários e fórum de produções independentes de cinema documental. A mostra terá sua programação sendo exibida no Teatro San Martin e na Aliança Francesa. Este evento que possui a organização da produtora de documentarios Cine Ojo, da Embaixada da França na Argentina, do Complexo Teatral de Buenos Aires e da Fundação Cinemateca Argentina, também premia anualmente realizadores e produtores independentes que queiram concorrer com projetos de documentarios em desenvolvimento (em etapa de pré–produção). Podem concorrer representantes da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolivia, Peru, Venezuela, Colômbia e Equador.
O Brasil não está incluido neste concurso.
Após receberem projetos entre os meses de março e junho, a organização do DocBsAs fez a seleção de 12 projetos a concorrerem aos seguintes prêmios:
Mejor Proyecto del Cono Sur (€ 2500); Proyecto Más Creativo (€ 3000); Premio Jan Vrijman Fund (€ 3500); Premio Visions du Réel, Festival Internacional de Cine, Nyon (€ 2500); Premio Cinecolor (services de pós-produção).Nesta edição, concorrem os seguintes projetos:
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Así y todo sueñan, de Matías Pablo Saccomanno (Argentina)
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Buscando al huemul, de Ricardo Robins e Juan Diego Kantor (Argentina)
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Guanacache, retratos en el desierto, de Valeria Roig (Argentina)
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La fortaleza, de Enrique Bellande (Argentina)
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Los jóvenes muertos, de Leandro Marcelo Listori (Argentina)
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Parador Retiro, de Jorge Leandro Colás (Argentina)
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Sobreviviente, de Pablo Sergio Insinza Rodriguez (Chile)
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El ultimo viaje con los hermanos, María Milena Zuluaga Valencia (Colômbia)
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La labranza oculta, Carmen Graciela Calvache Velasco (Equador)
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La muerte de Jaime Roldós, de Manuel Eduardo Sarmiento Torres (Equador)
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De Arequipa a la Luna, de Álvaro Alfonso Mejía Salavatierra (Perú)
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El almanaque, de José Pedro Charlo Filipovich, (Uruguai)
Paralelamente, ocorre a mostra de cinema documental, onde sua seleção busca enfocar-se em propostas mais experimentais. Nesta edição, o DocBsAs conta com a participação de documentários de Guy Debord, conhecido por ter fundado a
Internacional Letrista, em 1952, e que pouco mais tarde se tornou a
Internacional Situacionista, onde concebia a revolução política como o resultado de uma profunda ruptura cultural e da transformação radical da vida cotidiana. Debord é muito conhecido no campo da comunicação através do seu livro A sociedade do espetáculo, mas sua realização cinematográfica é contemporânea a Nouvelle Vague, embora se distancie da proposta deste movimento frances,
ao buscar destruir o cinema ou buscar reconstruí-lo do zero.
O alemão Thomas Heise também é destaque na mostra. Heise começou sua realização como estudante de cinema, embora não tenha chegado a terminar o curso, pois sua tese era tan urtificante que ele somente conseguiu evitar que o expulsassem diante da decisão de abandonar voluntariamente o curso. Seus documentarios são um registro da Berlim Oriental na fase final da Alemanha Oriental (anos 80), embora mesmo com a caída do muro de Berlim, ele continuou sua produção enfocando o lado oriental da capital alemã.
Ocorrem também a exibição de filmes do frances Alain Cavalier,
Trilogia de la Guerra, feita pelos italianos Yervant Gianikian e Angela RicciLuchi, a partir de materiais audiovisuais da Primeira Guerra Mundial, material este que foi preservado pela Rússia e pelo Império Austro-Hungaro. O espaço Foco Andino está voltado para a parte mais ao norte da América do Sul, no qual se destaca o documentário equatoriano
El comité, onde se registra a situação do presidio García Moreno, cuja a ocupação carcerária esta excedida em aproximadamente 300%, no qual os presos decidem tomar o poder do presidio para apurar uma resolução no Congresso Nacional que ponha fim a situação degradável em que vivem e morrem.
Para maiores informações, acessar os sites:
http://www.docbsas.com.ar/http://www.cineojo.com.ar/